Uncles
should we really mom?
quinta-feira, 31 de dezembro de 2015
Credo
Em ti creio,
pois em nada mais posso crer,
A ti obedeço,
pois a ninguém quero seguir,
Amo-te ,
pois a ninguém mais consigo amar,
A ti louvo,
pois ninguém ou nada mais vale ser prezado
A ti quero conhecer,
pois tudo da ciência é obsoleto.
Áspero e estreito caminho
Em conceber
do obscuro, o claro
da descrença, a fé
do desamor, o amor
da feiura , o belo
do inferno, o paraíso
da loucura , a razão,
da razão a desrazão:
Credo in unum deum...
Em ti creio,
pois em nada mais posso crer,
A ti obedeço,
pois a ninguém quero seguir,
Amo-te ,
pois a ninguém mais consigo amar,
A ti louvo,
pois ninguém ou nada mais vale ser prezado
A ti quero conhecer,
pois tudo da ciência é obsoleto.
Áspero e estreito caminho
Em conceber
do obscuro, o claro
da descrença, a fé
do desamor, o amor
da feiura , o belo
do inferno, o paraíso
da loucura , a razão,
da razão a desrazão:
Credo in unum deum...
terça-feira, 29 de dezembro de 2015
quarta-feira, 23 de dezembro de 2015
Natal
Tu que nos ensinaste a abandonar pai mãe e irmão
Tu, que prometeste nos batizar no fogo
Tu que vieste trazer a espada
Tu que amaldiçoaste a figueira sem frutos,
Cura minha surdez, minha cegueira
Remove o que se engessou
Rompe a ilusão do medo,
liberta o que é e não quer ser.
Tu que nasceste com os mortos inocentes
Ensina-me a doação do não ter para doar
a nobreza da vileza,
Ensina-me a desprezar riqueza e pobreza
Ensina-me a sabedoria do destempero,
A agradecer Herodes,
por ter tornado Belém possível:
A descoberta do instante único de Deus ,
o amor de Maria e José por ti
na angústia do nada
A Victor Miguel
com muito amor
Tu que nos ensinaste a abandonar pai mãe e irmão
Tu, que prometeste nos batizar no fogo
Tu que vieste trazer a espada
Tu que amaldiçoaste a figueira sem frutos,
Cura minha surdez, minha cegueira
Remove o que se engessou
Rompe a ilusão do medo,
liberta o que é e não quer ser.
Tu que nasceste com os mortos inocentes
Ensina-me a doação do não ter para doar
a nobreza da vileza,
Ensina-me a desprezar riqueza e pobreza
Ensina-me a sabedoria do destempero,
A agradecer Herodes,
por ter tornado Belém possível:
A descoberta do instante único de Deus ,
o amor de Maria e José por ti
na angústia do nada
A Victor Miguel
com muito amor
quinta-feira, 17 de dezembro de 2015
Litania do falso Vinicius de Morais
Hoje é sábado ,
Amanhã domingo,
Hoje dia dos santos ,
Amanhã do senhor.
Hoje a bebedeira.
A manhã a tonteira.
Hoje , dia dos demônios
Amanhã dos homens,
Hoje, dia de Judas
Amanhã de João.
Hoje o milagre,
Amanhã o arrependimento.
Hoje a mentira,
Amanhã a confissão.
Hoje, a euforia ,
Amanhã, o pânico.
Hoje, o lúbrico,
Amanhã, a pureza.
Hoje o sarcasmo,
Amanhã a tristeza,
Hoje a beleza
Amanhã a dúvida,
Hoje vigília
Amanhã o sono
Hoje a luta
Amanhã, o cansaço
Hoje durmo com a sombra,
Amanhã ela me assombra.
Hoje quebro as regras,
Amanhã me deixo prender.
Hoje danço com as bruxas,
Amanhã aos pés da cruz.
Hoje estou rico,
Amanhã não pago o que devo.
Hoje soturno, dou gargalhadas.
Amanhã, procuro esquecer.
Hoje manipulo,
Amanhã, estou surpreso.
Hoje acredito,
Amanhã, choro.
Hoje caminoh e pulo,
Amanhã doi-me a hérnia de disco.
Agnus Dei
Hoje é sábado ,
Amanhã domingo,
Hoje dia dos santos ,
Amanhã do senhor.
Hoje a bebedeira.
A manhã a tonteira.
Hoje , dia dos demônios
Amanhã dos homens,
Hoje, dia de Judas
Amanhã de João.
Hoje o milagre,
Amanhã o arrependimento.
Hoje a mentira,
Amanhã a confissão.
Hoje, a euforia ,
Amanhã, o pânico.
Hoje, o lúbrico,
Amanhã, a pureza.
Hoje o sarcasmo,
Amanhã a tristeza,
Hoje a beleza
Amanhã a dúvida,
Hoje vigília
Amanhã o sono
Hoje a luta
Amanhã, o cansaço
Hoje durmo com a sombra,
Amanhã ela me assombra.
Hoje quebro as regras,
Amanhã me deixo prender.
Hoje danço com as bruxas,
Amanhã aos pés da cruz.
Hoje estou rico,
Amanhã não pago o que devo.
Hoje soturno, dou gargalhadas.
Amanhã, procuro esquecer.
Hoje manipulo,
Amanhã, estou surpreso.
Hoje acredito,
Amanhã, choro.
Hoje caminoh e pulo,
Amanhã doi-me a hérnia de disco.
Agnus Dei
De profundis
Que dor inefável me compele ao não ser?
Não somente não ser,
mas também ser, querendo não ser e odiando?
Que outras vidas explicam minha vida inexplicável?
Seremos todos destinados à reedição do mesmo limite,
da mesma ausência , da mesma falta?
Ai, dor do fracasso de querer ser tudo
e não poder ser o mais singelo sacerdote da mediocridade,
tão apaziguadora e sábia.
Afinal , o que é servir neste mundo ou noutro?
Quem nos protegerá contra o ódio, o saque,
o assalto, o vampiro ?
Quem nos salvará das boas intenções,
subjacentes aos nosso crimes e destruições?
Somos chacais de nós mesmos,
com ou sem Deus.
Em fúria devastadora,
operamos massacres e devastações,
como preço do resgate da salvação e do progresso.
E criamos leis, nações e monumentos,
abatedouros de corpos, almas, espíritos,
corações abrasados pela ilusória promessa
do amor e do caminho.
Onde está a verdade e a vida
deste ordálio opressor
que nos esmigalha em mil fragmentos ,
mil chagas,
sonhos loucos,
profecias degeneradas
pela luz ofuscante da destruição?
Escândalo,
para a consciência iludida,
que faz da revolta, zelo
da blasfêmia, credo
do desprezo , caridade
e do medo, poder.
Que dor inefável me compele ao não ser?
Não somente não ser,
mas também ser, querendo não ser e odiando?
Que outras vidas explicam minha vida inexplicável?
Seremos todos destinados à reedição do mesmo limite,
da mesma ausência , da mesma falta?
Ai, dor do fracasso de querer ser tudo
e não poder ser o mais singelo sacerdote da mediocridade,
tão apaziguadora e sábia.
Afinal , o que é servir neste mundo ou noutro?
Quem nos protegerá contra o ódio, o saque,
o assalto, o vampiro ?
Quem nos salvará das boas intenções,
subjacentes aos nosso crimes e destruições?
Somos chacais de nós mesmos,
com ou sem Deus.
Em fúria devastadora,
operamos massacres e devastações,
como preço do resgate da salvação e do progresso.
E criamos leis, nações e monumentos,
abatedouros de corpos, almas, espíritos,
corações abrasados pela ilusória promessa
do amor e do caminho.
Onde está a verdade e a vida
deste ordálio opressor
que nos esmigalha em mil fragmentos ,
mil chagas,
sonhos loucos,
profecias degeneradas
pela luz ofuscante da destruição?
Escândalo,
para a consciência iludida,
que faz da revolta, zelo
da blasfêmia, credo
do desprezo , caridade
e do medo, poder.
terça-feira, 6 de outubro de 2015
Manual da perda de autoconfiança 3
Pois então meus caros se o
mendigo tem algo de essencial a nos dizer sobre vida e crises podemos resumir
nesta frase: quero viver . E vivendo superarei ou não, mas quero continuar esta
experiência
Não existe nenhum manual que garanta uma siada
para crises que possam acontecer na sua vida , pelo contrario , você pode cometer
enganos sérios no processo que podem torna-la pior.
Sua personalidade, seu contexto ,
as pessoas que o circundam , tudo isto pode afetar suas estratégias , para o
melhor ou para o pior.
No entanto, uma atitude básica é necessária para você continuar
o jogo : querer continuar vivendo como o
indivíduo que você é . Sem esta decisão , tudo pode acontecer , mas sem dúvida será
assimilado, inclusive por você , como ruim.
Meu boxer sofreu, nos seus
últimos anos , de câncer linfático. Conseguiu viver com a doença dois anos ,
contra todas as previsões. Ele foi um animal muito amado e isto sem dúvida contribuiu muito . mas
mesmo o amor, neste caso, não faz parte da premissa que lhe garantiu a sobrevida.
Foi o instinto de viver que fez este
pequenino “milagre”, que pode ser alimentado de maneiras bem diferentes
Muitos sobrevivem carregando
dentro de si sentimentos conflitantes e
mesmo raiva. O conde de Monte Cristo sobreviveu para realizar sua vingança. Foi
este sentimento pouco nobre que o fez continuar vivendo , por que ele queria
viver para isto.
Claro que queremos algo mais positivo
para nos motivar, mas não nos iludamos: em nossa economia interna , o ódio pode
ser tão motivador quanto o amor. O fundamental é o quanto nossa emoções
alimentam nossa vontade de continuar vivendo. Estes motivos podem ser os mais ilusórios
ou os mais ignóbeis . O importante é que
tenham força suficiente para nos fazer caminhar.
Eu posso quere espraiar o amor,
fazer a revolução, matar meus inimigos, enriquecer, ser famoso etc. Mas eu
quero, este o dado que não podemos perder de vista.
Sem o querer que nos dá sentido, ficaremos no
mesmo lugar e, eventualmente, definharemos.
Obviamente chegaremos á situação
limite em que nosso corpo pedirá que desistamos e que deixemos vir a
indesejadas das gentes. Meu boxer assim o fez quando sentou no meu colo e
expirou. Mas até lá o jogo continua e
precisamos querer continuar no jogo.
Digo isto porque não creio que
seja tão óbvio perceber este nó.. Crises profundas de qualquer natureza fazem-nos
justamente titubear em nossa vontade,
mesmo a de querer viver. Qualquer cura passa portanto por esta decisão primordial. O resto
são mecanismos que inventamos ou absorvemos de acordo com nossa conveniência ou
sentimentos. Não foi portanto a terapia o fator fundamental de sua cura . Esta foi
uma variável interveninente, que ajudou a viabilizar sua vontade. Isto fica mais claro quando lidamos com por
exemplo com drogados , casos típicos de vontade enfraquecida ou entorpecida.
De fato, uma grande parte da cura
destes indivíduos passa pela cura desta vontade e pela recuperação deste espaço
de decisão que foi perdido. Quando o indivíduo dependente decide se curar , um
grande passo já foi dado, talvez o principal.
segunda-feira, 5 de outubro de 2015
Manual da perda de autoconfiança 2
O mendigo é um personagem
extraordinário , claro exemplo do que
queremos dizer por vontade de viver.
O mendigo não tem necessariamente
a ver com desapego ou santidade, algo que só entendemos de forma mítica e
raramente podemos praticar. Pois desapego e santidade raramente sãop completamente voluntários, mas
a culminância de situações que terminaram por nos absorver e transformar.
Sería, portanto, ilegítimo
apormos ao mendigo símbolos adventícios d piedade. Ao contrário vários consistentemente
assumem sua posição de escândalo e se recusam a aceitar qualquer consolo, em se
deixar envolver por qualquer dialética, em se iludir por qualquer ostentação
exterior de bondade e compaixão.
Sua posição de completa destituição
lhes fornece uma grande lucidez sobre nossas motivações mais profundas e o que
jaz latente em nosso discursos comovidos e nossas ações bem comportadas a eles
direcionadas. Como mendigos eles sabem que estão à margem de qualquer convivência
e o quanto nosso pífios atos caridosos escondem nossas inconsistências, medos e
ansiedades.
Ao doarmos aquém não pode retribuir , sentimo-nos superiores
e protegidos contra o estado de necessidade absoluta em que eles esse encontram.
E se não resistimos nos aproximar deles de forma carola e piegas , estejamos
preparados para o desprezo e manipulação da parte deles.
Nem símbolos de desapego , nem mártires
da piedade, os mendigos nos ensinam algo mais radical e essencial. Eles e seus vira-latas
são os símbolos mais acabados da vontade de viver.
Esta vontade que depois de todas as
depressões, humilhações e destituições, ainda os levam a a engolir com vontade
qualquer coisa que possam achar para matar a fome, levantarem-se de manhã de
pois de uma noite de frio, nudez , ou mesmo estupro, caminharam depois de uma
overdose ou diarreia, ranger os dentes e continuar vivendo.
Pois depois disto tudo e muito
mais, eles continuam desejando ser, independente de valores ou critérios de decência,
sucesso ou fracasso. A vida para eles adquire valor por si mesma, pois se torna
a possibilidade da continuidade de uma identidade e nada mais.
A aceitação desta premissa dá a
estes senhores e senhoras recursos extraordinários, pois tudo exige deles decisões com bases em
probabilidades fora de nossas expectativas. Estar atento e à altura deste
desafio é o que os mantém vivos.
Oxalá estivéssemos mais atentos a
este fato básico , ao qual penduramos tantas considerações secundárias .
Estamos vivos, ainda que dormindo.
Mais
elegias
Teus seios ,Ligia, outrora alvos e firmes,
Hoje estão lassos e fatigados,
Com tristes nódoas e traços do tempo.
Cronos, cruel, nos rouba vigor e contento.
Mas não te aflijas , ó cara, com estes males vis.
Pois o que era antes prazer teso e bravo,
Hoje fornece descanso e afago.
II
Deixo , Lígia , teu quarto
Vazio e pleno, vibrante e gasto.
Amor esta noite não foi avaro.
Teus beijos, gozos , falas me agradaram.
Nosso prazer tem um futuro.
III
Não me atormentes, Ligia, com obrigações.
Ostentações do ego,
Fugas, solidões,
Ilusões de empenho,
Roubam-nos alegria, lucro , engenho,
No deleite, no calor,
Roubam-nos tempo
IV
Teu sorriso fez-se manhã arredia
Promessa do fim de vãs porfias
Encanto honesto de quem cede sendo.
Amor venéreo terá seu dia.
V
Tristes sombras pervagam entrem mim e ti, Ligia,
Sombras de rancor, tédio e cansaço.
Excrementos de passado, que desviam do prazer presente.
Teu amor Ligia , me relaxa e revigora,
Mas não consola.
sexta-feira, 2 de outubro de 2015
Balada para un loco
Sempre fui um pouco piantal,
Alguns diriam muito.
De olhar, sentir e perder-me
em contemplações inexplicáveis.
De indignar-me com o aceitável,
de procurar o tortuoso,
de deleitar-me com o escabroso,
de experimentar o venenoso,
de ver maldade na bondade
e clemência no opressor.
De pressentir horrores em amores,
e me deleitar em repugnantes odores,
de comer o próprio pé,
procurar o firme, no cambiante,
no desprezível, o elegante,
de ser casto na orgia,
e lúbrico na homilia.
De inessencialmente buscar
a ilusória essência.
O sabiá cantou hoje no meu quintal.
Canto dorido, terrestre,
Mahler retorcido pela secura e o sol do cerrado.
Canto Efatá de quem abre o peito da opressão.
Cantochão da mata, pedindo clemênca,
em repetida oração.
Na sua insistência,
O sabiá me enredou.
Foi como lembrar da antiga inconsciência das coisas:
da inconsciência do ouvir ,
do cantar ,
da inconsciência do próprio sabiá.
Hoje, o canto dele move mais ,
lembra mais,
purga mais.
.
Estou, no entanto,
todo menos.
Ah, a plenitude
da imbecilidade perdida.
O visceral se foi.
Olho meu menino,
tanto arrojo,
festa,
ebulição
e vontade.
É preciso que daqui saia uma benção.
elegias
Elegias
I
De ti, Ligia , nao quero a alma,
nem mesmo o corpo,
forma fugidia e sagaz,
esconderijo de imperfeições futuras.
De ti quero somente
os encantos e enleios vis,
com que animas o gozo de mim mesmo.
II
Teu carinho venal me compraz, me completa.
És honesta e voraz em teu ofício,
A preço justo, não te furtas à entrega,
E não negas o gozo em teu benefício.
III
De tua histeria, Lígia , crio minha história
de amor, enganado pela rudeza do instinto.
Do banal e do risível retiro sutil alento,
pois vero amor assim nasce: do vulgar e da escória.
manual da perda de autoconfiança
Manual da perda de
autoconfiança I
O casamento se foi , o trabalho perdeu o sentido. Aquela tão
poderosa razão não foi suficiente para encontrar oportunidades e soluções.
Todas as suas expectativas sobre você mesmo e o mundo se desintegraram. O ciclo
de prosperidade se desfez e não realizou todas as promessas.
Você se esforçou para lidar com este mar revolto : yoga, terapias, individuais e em grupo, tradicionais e alternativas, antidepressivos. Defendeu seus direitos em
assembleias, procurou novos empregos e fontes de renda, reconverteu-se ,
procurou novas crenças, finalmente voltou á sua crença de batismo.
Nas amizades um vendaval
levou os antigos amigos. Os que ficaram ou os que voltaram, permaneceram
em uma distância respeitosa ou se viram a braços como suas próprias crises. Amigos
novos surgiram, para sumirem logo na esquina. Alguns deles, vampiros para sugar
sua energia vital ou mesmo seu dinheiro.
Mas você resistiu e conseguiu encontrar uma nova companheira.
Mais ainda aquele filho sonhado nasceu. E você conseguiu financiar uma casa
nova, tudo isto para de repente se ver
em situações de crises similares ao seu primeiro casamento.
Mais ainda seu salario foi cortado. A nova companheira
tornou-se um pesadelo de convivência, um inferno ambulante a lembrar todas as rejeições que você já sofreu na vida,
mais as que vieram com a idade. Seu filho estava na sua casa, mas você se
sentia literalmente proibido pela harpia domestica dele se aproximar.
Você pensou em mudar de país. Mas ficou sem dinheiro até
para comprar uma passagem para o exterior. Além disso , o ciclo da vida mostrou
cedo seu peso, e você, claro, não esteva preparado.
A mãe que o amava e quebrava os galhos na hora que o cartão de crédito excedia os limites
subitamente falece de acidente. O pai tornou-se senil e aquela irmã que morria
de inveja de suas conquistas e concentrou
todos os pequenos elementos de sua massa
cinzenta em lhe acusar e atazanar, finalmente de você se torna próxima, para
cobrar o suporte de seu pai, que você , noblesse oblige, aceita.
Alias, você tentou apoia-lo,
sempre, a despeito das crises que
tornavam impossível você seguir ambições
pessoais e estar presente para ele, o qual, inerme, preferia se fazer ausente em seu
mutismo solitário. Claro você não o entendeu e preferiu censurá-lo, muito mais
do que ouvi-lo. Ele também, dolorido de não ser ouvido , preferiu não falar
mais.
Mas você aceitou seu pai e dele cuidou com enormes sacrifícios
, algo que sua queirda irma apostou que você não faria.
No wonder você quebrou financeiramente com tantos
compromissos e pressões.
E vieram processos na justiça . perda da casa, dívidas
, dívidas , dívidas, sem contar aquele despacho que você pagou pelo champagne
do babalaorixá,
Mas se você passou por tudo isto e ainda não morreu, não se iluda
, você tem uma grande capacidade de reação e sobrevivência e você merece ainda
dar um credito á sua vontade de viver.
Nos próximos números espero tornar isto claro a você e compartilhar experiências que permitam você construir a partir destes abalos
um vida decente para você , qualquer que seja o significado que você venha a
dar a esta expressão .
Pois se trata disto, você
é mais resistente do que pensa . O que você
precisa aprender é não se deixar levar por noções de sucesso ou fracasso, que
perdedores e zumbis tentam apor a você.
Vejo você no próximo número
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