terça-feira, 9 de dezembro de 2014

on abbado
here is anoter conductor palyin in the  elegance team.
he was not a titanic man and he knew it . not by chance he aovided most of wagner and his bruckner was highly selective, lyrical adn mystic. in beethoven, he converted himself to originalism but in a very personal way. he was excelent in modern music , combinig analytical abilities wit an intuitive approach. in mahler , his  intuition helped him to give a sense of unity to the symphonies of the viennese master. he was a great condcutor of french music. his lyricism could fit brahms , but not always,  when a more dramatic stance was needed. his verdi was highly original and greatest in the  most intimate moments. his ballo was perhaps the best recording of the opera ( pace his master, votto).music was always for him a matter of exploring new ways with good taste.
about karajan
one can say a lot of  karajan as a man and even as an artist. in this second aspect,  one can say, however, a lot on his defense. he was one of the most elegant conductors of the twenty century. take his cosi fant utti of the fifities, his falstaff, his first rosenkavalier. in opera his was almost superb in everything, carmen , verdi , wagner , strauss and verismo. in his good days he could change from weightness to lightness with a naturality few would succed (perhaps beecham, caros kleiber and monteux). he could be both sensuos and sharp. his few incursions in modern music were generally very sucessful ( bartok, honegger) including the vienna school album. it may not be standard but it is full of original insights. his mesitersinger recording is a masterpiece. his beethoven cycles were declinig towards the spetacular in the last years, but his two first integrals ( the philharmonia and the first berlin recording ) were also beautifully done. nobody was able of a so dramatic reading of the bruckner eight as him ( i know, jochum and shcuricht are also excellent). for me his masterpiece.
the  picasso  problem
nobody wwould question today picasso technique and the capacity to invent new techniques. however, behind this immense creative force lies in equally powerful manner an impetus a strong destructive impetus: the impetus to destroy competitors, sacred  forms, life and beauty. picasso cannot see the elegance of the whores matisse is so easy to apprehend. even when he is lyrical, he goes to the dark side. his vision of women is almost contemptuous and agressive. his viison of war is monstrous. his cubism aims to accentuate sharpness and innelegance. there is always a profound sadness and mordacity in all he does. finally there is always an uneasiness about the world and himself, that makes picasso the greatest parodist and deformator of western painting.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Redefining Democracy to Undermine Democracy | Freedom House

Curiously not a word about Latin America



Redefining Democracy to Undermine Democracy | Freedom House
Debussy on religion

I do not practise religion in accordance with the sacred rites. I have made mysterious Nature my religion. I do not believe that a man is any nearer to God for being clad in priestly garments, nor that one place in a town is better adapted to meditation than another". 

"When I gaze at a sunset sky and spend hours contemplating its marvellous ever-changing beauty, an extraordinary emotion overwhelms me. Nature in all its vastness is truthfully reflected in my sincere though feeble soul. Around me are the trees stretching up their branches to the skies, the perfumed flowers gladdening the meadow, the gentle grass-carpeted earth, ... and my hands unconsciously assume an attitude of adoration. ... To feel the supreme and moving beauty of the spectacle to which Nature invites her ephemeral guests! ... that is what I call prayer".

L'orgie parisienne ou Paris se repeuple - Arthur RIMBAUD - Les grands poèmes classiques - Poésie française - Tous les poèmes - Tous les poètes

L'orgie parisienne ou Paris se repeuple - Arthur RIMBAUD - Les grands poèmes classiques - Poésie française - Tous les poèmes - Tous les poètes

Do not go gentle into that good night

Dylan Thomas1914 - 1953
Do not go gentle into that good night,
Old age should burn and rave at close of day;
Rage, rage against the dying of the light.

Though wise men at their end know dark is right,
Because their words had forked no lightning they
Do not go gentle into that good night.

Good men, the last wave by, crying how bright
Their frail deeds might have danced in a green bay,
Rage, rage against the dying of the light.

Wild men who caught and sang the sun in flight,
And learn, too late, they grieved it on its way,
Do not go gentle into that good night.

Grave men, near death, who see with blinding sight
Blind eyes could blaze like meteors and be gay,
Rage, rage against the dying of the light.

And you, my father, there on the sad height,
Curse, bless, me now with your fierce tears, I pray.
Do not go gentle into that good night.
Rage, rage against the dying of the light.

In memoriam Dylan Thomas

And death shall have no dominion.
Dead man naked they shall be one
With the man in the wind and the west moon;
When their bones are picked clean and the clean bones gone,
They shall have stars at elbow and foot;
Though they go mad they shall be sane,
Though they sink through the sea they shall rise again;
Though lovers be lost love shall not;
And death shall have no dominion.

And death shall have no dominion.
Under the windings of the sea
They lying long shall not die windily;
Twisting on racks when sinews give way,
Strapped to a wheel, yet they shall not break;
Faith in their hands shall snap in two,
And the unicorn evils run them through;
Split all ends up they shan't crack;
And death shall have no dominion.

And death shall have no dominion.
No more may gulls cry at their ears
Or waves break loud on the seashores;
Where blew a flower may a flower no more
Lift its head to the blows of the rain;
Though they be mad and dead as nails,
Heads of the characters hammer through daisies;
Break in the sun till the sun breaks down,
And death shall have no dominion.
V / A QUEDA 

Da minha idéia do mundo 
Caí... 
Vácuo além de profundo, 
Sem ter Eu nem Ali... 

Vácuo sem si-próprio, caos 
De ser pensado como ser... 
Escada absoluta sem degraus... 
Visão que se não pode ver... 

Além-Deus! Além-Deus! Negra calma... 
Clarão de Desconhecido... 
Tudo tem outro sentido, ó alma, 
Mesmo o ter-um-sentido... 

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

A maquina do Mundo 
Carlos Drummond de Andrade

E como eu palmilhasse vagamente
uma estrada de Minas, pedregosa,
e no fecho da tarde um sino rouco
se misturasse ao som de meus sapatos
que era pausado e seco; e aves pairassem
no céu de chumbo, e suas formas pretas
lentamente se fossem diluindo
na escuridão maior, vinda dos montes
e de meu próprio ser desenganado,
a máquina do mundo se entreabriu
para quem de a romper já se esquivava
e só de o ter pensado se carpia.
Abriu-se majestosa e circunspecta,
sem emitir um som que fosse impuro
nem um clarão maior que o tolerável
pelas pupilas gastas na inspeção
contínua e dolorosa do deserto,
e pela mente exausta de mentar
toda uma realidade que transcende
a própria imagem sua debuxada
no rosto do mistério, nos abismos.
Abriu-se em calma pura, e convidando
quantos sentidos e intuições restavam
a quem de os ter usado os já perdera
e nem desejaria recobrá-los,
se em vão e para sempre repetimos
os mesmos sem roteiro tristes périplos,
convidando-os a todos, em coorte,
a se aplicarem sobre o pasto inédito
da natureza mítica das coisas,
assim me disse, embora voz alguma
ou sopro ou eco ou simples percussão
atestasse que alguém, sobre a montanha,
a outro alguém, noturno e miserável,
em colóquio se estava dirigindo:
"O que procuraste em ti ou fora de
teu ser restrito e nunca se mostrou,
mesmo afetando dar-se ou se rendendo,
e a cada instante mais se retraindo,
olha, repara, ausculta: essa riqueza
sobrante a toda pérola, essa ciência
sublime e formidável, mas hermética,
essa total explicação da vida,
esse nexo primeiro e singular,
que nem concebes mais, pois tão esquivo
se revelou ante a pesquisa ardente
em que te consumiste... vê, contempla,
abre teu peito para agasalhá-lo.”
As mais soberbas pontes e edifícios,
o que nas oficinas se elabora,
o que pensado foi e logo atinge
distância superior ao pensamento,
os recursos da terra dominados,
e as paixões e os impulsos e os tormentos
e tudo que define o ser terrestre
ou se prolonga até nos animais
e chega às plantas para se embeber
no sono rancoroso dos minérios,
dá volta ao mundo e torna a se engolfar,
na estranha ordem geométrica de tudo,
e o absurdo original e seus enigmas,
suas verdades altas mais que todos
monumentos erguidos à verdade:
e a memória dos deuses, e o solene
sentimento de morte, que floresce
no caule da existência mais gloriosa,
tudo se apresentou nesse relance
e me chamou para seu reino augusto,
afinal submetido à vista humana.
Mas, como eu relutasse em responder
a tal apelo assim maravilhoso,
pois a fé se abrandara, e mesmo o anseio,
a esperança mais mínima — esse anelo
de ver desvanecida a treva espessa
que entre os raios do sol inda se filtra;
como defuntas crenças convocadas
presto e fremente não se produzissem
a de novo tingir a neutra face
que vou pelos caminhos demonstrando,
e como se outro ser, não mais aquele
habitante de mim há tantos anos,
passasse a comandar minha vontade
que, já de si volúvel, se cerrava
semelhante a essas flores reticentes
em si mesmas abertas e fechadas;
como se um dom tardio já não fora
apetecível, antes despiciendo,
baixei os olhos, incurioso, lasso,
desdenhando colher a coisa oferta
que se abria gratuita a meu engenho.
A treva mais estrita já pousara
sobre a estrada de Minas, pedregosa,
e a máquina do mundo, repelida,
se foi miudamente recompondo,
enquanto eu, avaliando o que perdera,
seguia vagaroso, de mãos pensas.

Schoenberg: Verklärte Nacht ( Full ) - Karajan*

Penderecki: Threnody for the Victims of Hiroshima

Bach Double Violin Concerto - Yehudi Menuhin And David Oistrakh (sound HQ)

David Oistrakh plays Tchaikovsky Concerto (1st Mov.) Part 1

 As if it were not true...

Fernando pessoa

How can I think, or edge my thoughts to action,
When the miserly press of each day's need
Aches to a narrowness of spilled distraction
My soul appalled at the world's work's time-greed?
How can I pause my thoughts upon the task
My soul was born to think that it must do
When every moment has a thought to ask
To fit the immediate craving of its cue?
The coin I'd heap for marrying my Muse
And build our home i'th' greater Time-to-be
Becomes dissolved by needs of each day's use
And I feel beggared of infinity,
Like a true-Christian sinner, each day flesh-driven
By his own act to forfeit his wished heaven.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

portuguese Christmas food:

http://inlovewithlisbon.com/2007/12/20/10-portuguese-christmas-recipes/

RARE Christmas Music - Duke Ellington - Sugar Rum Cherry

Ya Mariam El-Bekr

Coptic Hymns: Nativity Aspasmos Watos (English/Arabic)

AGNUS DEI - Sacred Choral Music - The Choir of New College, Oxford. E.HI...

Choral Evensong from Canterbury Cathedral - 9th July 2014

Minor Swing - Django Reinhardt & Stéphane Grappelli

TU SCENDI DALLE STELLE( italian christmas carol)

Liszt - Ancient Provençal Christmas Carol (sheet music for guitar quartet)

York - Protestant Cathedral: "Psalm VIII" - Anglican Choir

An Arabic Christmas Carol (Byzantine Hymn of the Nativity)

middle eastern foods

http://mideastfood.about.com/od/specialoccasionfoods/a/christmas.htm
christmas and dogs

http://www.vets-now.com/pet-owners/dog-care-advice/dangerous-foods-for-dogs-at-christmas/

priests and dogs
http://catholicnewsherald.com/53-news/roknewspager-local/116-seeing-god-dogs
on abbado:

http://www.classicfm.com/artists/claudio-abbado/guides/picture-gallery/
on giulini:
http://www.classicfm.com/artists/carlo-maria-giulini/guides/giulini-facts/giulini-obituary/
on karajan:
http://www.classicfm.com/artists/herbert-von-karajan/guides/karajan-facts/

a partial list on blogger for those interested on broader views and christianity:
http://en.wikipedia.org/wiki/Christian_Kabbalah
http://www.jeanyvesleloup.eu/
blogdofreivicente.com.br/
http://www.searchwithin.org/download/zen_and_esoteric_christianity.pdf
steirner:
http://wn.rsarchive.org/Lectures/19061127p01.html
 gurdieff:
http://www.gurdjiefflegacy.org/70links/christianity.htm
budhism:
http://www.amazon.com/Without-Buddha-Could-Not-Christian/dp/185168963X
http://en.wikipedia.org/wiki/Buddhism_and_Christianity
on sufism:
http://facstaff.elon.edu/sullivan/sufi-xtian3-foldway.htm
http://www.worldwisdom.com/public/products/0-941532-43-7_Paths_to_the_Heart_Sufism_and_the_Christian_East.aspx?ID=82
Umbanda e cristianismo:
http://www.terreirodavobenedita.com/2011/03/umbanda-e-crista-o-umbandista-e-cristao.html

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

for orthodox music in general:
http://myocn.net/the-rudder/
for listening and sing if you can:

http://www.stjrussianorthodox.com/music.htm

italian recipes

being italian and healthy:

http://www.foodrepublic.com/2013/04/29/28-vegetarian-italian-recipes-dinner#!slide=17

armenian prayers

for those interested in intense christian prayers:

http://www.armenianchurch-ed.net/faith-and-worship/daily-prayer/

deisres

The question about our desires is not so much how correct or legitimate they are( they are always a matter of dispute), but how much free from guilt and resentment they are.

wagner dogs

Wagner’s dogs were his pride and joy. During his Swiss sojourn in the 1850s, his two dogs, Russ and Koss, accompanied him on his daily walks to Lucerne to collect his post. One of them, Russ, is buried at the master’s feet in Bayreuth, where Wagner’s dog-whip is on display in the museum. At one time Wagner used to play whatever he’d written to his adored King Charles spaniel Pep for his approval.
O romance de Tristão

A literatura e a crítica musical pintam o romance de Tristão e Isolda como o protótipo da entrega e do êxtase amoroso. Tristão e Isolda simbolizam um amor tão completo e intenso que somente a morte os poderia levar à completude que procuravam. . O amor seria um sentimento poderoso que extravasaria a  própria vida e encontraria na  auto dissolução e na morte  a plenitude almejada. Logicamente esta mensagem era um repto bastante claro ao sólido amor burguês, familiar e cristão( embora Cristo tenha desejado a morte por amor). 
O que não se comenta tanto é que Tristão e Isolda se entregam a um amor culpado. Tristão, ao apaixonar-se por Isolda trai seu rei e amigo.Isolda por sua vez , sente-se traída por Tristão ao ser por ele entregue ao Rei Marke. O ressentimento de ambos é "curado" pela poção de Brangaene, permitindo aos amantes declarar sua paixão.Mas esta paixão não é forte o suficiente para que eles possam se libertar do contexto que os limita. Somente  a noite consegue dirimir as barreiras que separam os dois amantes, o herói culpado e a amada traída.
Como ambos absorvem a culpa que envolve o seu amor, tornam-se bodes expiatórios dos inimigos de corte e Tristão termina ferido mortalmente. Sua relação com Marke é filial e edipiana, tal como Don Carlo com Felipe II. E ambos os reis se tornam os carrascos de seus filhos . Em ambos os romances, o de Don Carlo com Elisabeta e o de Tristão com Isolda, o elemento do incesto está implícito na traição à figura paterna. 
Em ambos os casos os heróis têm inimigos terríveis e amigos leais. Em ambas as histórias, eles não conseguem romper os limites que os sufocam. Na verdade, Tristão não morre por amor,  mas por culpa. E Isolda se "suicida ", em protesto por sua perda. Enleio e dor se entrelaçam neste amor tisnado desde sua origem. 
Wagner consegue traduzir o peso destas emoções em grande construtos musicais. Confira a poderosa metáfora do desejo em um prelúdio que não se resolve, o conflito como marke na descoberta do casal enamorado, a depressão e isolamento retratados no prelúdio do terceiro ato. A ambiguidade da música retrata os anseios e medos dos personagens que se entregam a uma relação, que m última instância não consegue libertá-los da culpa e do desespero. 

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

De que forma Deus pode aclarar  nossa vida?
Católicos são geralmente criticados por sua devoção a santos e pedidos de favores. Entretanto todas as religiões praticam esta forma de devoção. Mesmo as curas milagrosas espíritas não deixam de ser uma forma de favor concedido pelo todo poderoso, depois de pedidos ardentes e fervorosos. Assim também com evangélicos , budistas etc.
Mas é este o aspecto mais importante de nossa relação com Deus?

De deus pedimos segurança e atenção às nossas necessidades. , o que eu penso ser legítimo. È fácil saber a importância destas coisas quando a perdemos. Mas isto não explica toda a história. Penso que o  mais precioso que Deus pode nos dar é a abertura de nossa mente , de pode encarar o desconhecido com coragem e esperança, a capacidade se abrir a si mesmo para outras pessoas e mundos. Deus não quer de nós nehuma moral específica a não ser a da aceitação do outro, do mundo e a prática do perdão a si mesmo e aos outros. Existe um lógica utilitária no perdão que é a de você não prender sua vida ao seu inimigo ou às suas amarguras. O perdão é libertador e pode até aguçar nossa inteligência.
Narrativas da mudança

Buscamos explicações narrativas do nosso sofrimento de modo a nos consolar ou encontrar remédios que nos impulsionem para fora dele. Religião e psicanalise, sobe este prisma, são a mesma coisa. Racionalistas tendem a ignorar o problema, dizendo que somente a razão pode nos tirar deste amargor, minimizando emoções ou dando a elas um tratamento clínico.
Mas emoções têm um história e um tratamento puramente clínico ou uma tábula rasa delas só se faz ao custo de simplesmente virar um identidade psicológica de cabeça para baixo , seja através das drogas, seja por meio de radical desenraizamento ( lobotomia?), com consequências nem sempre previsíveis.
Curiosamente a religião promete a voce uma nova identidade, ainda que fale em aceitarmos a nós mesmos: E nesta ceitação fiamos como o antigo, que queremos expelir? Ou partimos para um novo que se revela tão ilusório quanto o antigo?
De servos de nossas paixões , tornamo-nos servos de nossas crenças.
O fato é que alguns. talvez a maioria, simplesmente não conseguem ser senhores de si.
Esperar por Deus é também um processo tenso e conturbado. Não existe  progresso linear do sofrimento para a felicidade. Nenhum caminho tem êxito garantido . A vida é um grande risco e talvez Deus nãos nos deva muita coisa para nos ajudar. Mesmo com Deus como guia ou como ícone , muitas pessoas não conseguem subir a esplanada. Agarram-se a um árvore ou punhado de terra , pois não se sentem capazes de prosseguir ou não conseguem divisar o fim da jornada.
Porque mentimos?

Mentimos por várias razões , para nos sentirmos melhores, para ganharmos vantagens para nos vingarmos , ganharmos tempo e sobretudo encobrir nosso erros. Sabemos em nossa sociedade o resultado de um erro é a punição . Pior podemos nos tornar bodes expiatórios dos outros com nossos erros revelados. Mentir portanto é uma estratégia racional , mesmo quando o ambiente familiar nos ensina a não fazê-lo. O mundo é inamistoso e não sabemos se sendo verdadeiros alcançaremos ajuda. Como sair deste dilema?
Merecemos ser punidos?
Em todas as religiões o mal é considerado algo que Deus permite que nos aconteça para nosso aprendizado. Seja por meio do livre arbítrio e do carma ou do pecado original ou como teste ou obstáculo para algo maior. Mas esta justiça divina pode prolongar o mal e levar à perda de sentido da vida, sobre o qual e não é tornada responsável. O sofrimento é primeiramente destrutivo, por isto fugimos dele. O aprendizado que dele retiramos é subjetivo e variável e alguns simplesmente não o suportam e seria cruel demandar deles uma força que eles não têm. Mas isto parece ser visto com indiferença por quem acredita num mundo superior. Devemos ser fortes e dignos de deus. Mas se esta força prolonga o sofrimento de outros ou nos impede de ver que estamos fazendo outros erros futuros.
Em outras palavras não há erro de julgamento do mundo espiritual. Acontece que a justiça neste mundo está longe de ser um conceito universal e matéria de consenso. Em outras palavras , justiça é conflito e o bem de uma pode ser o mal de outro. Além disso , neste mundo de sofrimentos que adquirimos por nosso atos,  fica difícil saber onde está o lugar da misericórdia e em que ela consiste.  
Algumas matérias irresolvíveis.
Devemos permitir o divórcio ou não ( tanto a permanência quanto o seu fim são matérias dificilmente consensuais)?
O aborto é crime espiritual ou não ( é justo dar a luz a uma criança não desejada, deformada, sem esperança de vida plena ou fruto de uma ato de violência)? Ser favorável ao aborto é anti-religioso em princípio?  Mas é justo submeter uma criança desprotegida pelo desamor dos pais?
A riqueza é um mal ou bem? Para muitos ela fruto necessário da exploração.  Mas a riqueza é fruto também de outros fatores , poupança trabalho duro ou sorte. Como ela gera desigualdade , não pode haver acordo quanto aos seus méritos. E acabamos por reputar `justiça divina nossos avatares terrenos.
 Sabemos também que ela pode gerar frutos positivos, criando a prosperidade generalizada ou mesmo a generosidade social, mais difícil de ser efetiva onde só existe a pobreza. Mas ela gera também comodidades distribuídas desigualmente poder e prestígio, o que a torna mais uma vez objeto de conflito. Mesmo Jesus se mostra ambivalente entre a aceitação do publicano e a condenação aos bens materiais. .
Bens materiais, no entanto,  podem facilitar ascensão espiritual , como mecenato artístico de fundo religioso ou não demonstram. Mas a injustiça e os conflitos distributivos bens intangíveis como o amor entre casais, irmãos e famílias.
 Na verdade o ciúme reflete uma situação de destituição de natureza psicológica, cujo o exemplo maior é o de Judas Iscariotes.
Por vezes condenamos pessoas por estarem movidos por estes sentimentos de inveja e ciúme. Sem dúvida eles podem causar danos terríveis, mas como libertar os que sofrem este tipo de carência de modo a que eles deixem de sofrer e causar dano?
Como ajudar os pobres os destituídos. Cestas básicas e visitinhas com algumas lágrimas trocadas são suficientes. É isto realmente amor ou clamor nosso por perdão pelos nosso erros? Ou auto-promoção? Que mecanismo sociais podem solucionar isto.
Quando nos livraremos do auto ufanismo ( estou bem  com Deus) ou da auto condenação (Deus não me ama)? É assim tão fácil?
Justiça por mérito: mesmo problemas. Até que ponto seu triunfo não é a desgraça de alguém. Até que ponto é legítimo reputar a responsabilidade pessoal sobre atos cometidos neste mundo.
 Nenhuma fórmula me parece convincente, nem mesmo as seculares. Nosso caminho é turvo , não sabemos o que nos espera do outro lado , nem deste , para falar a verdade. O auto contentamento pode ser uma bálsamo poderoso, mas não conhecemos de forma cabal nosso coração e não sabemos quando podemos cair na ilusão ou hipocrisia, igualmente danosos para os que no cercam.
Se nossa racionalidade é limitada , nossa iluminações também o são. Com efeito a espiritualidade pressupõe um descentramento que raramente conseguimos alcançar, o que nos coloca me terreno pantanoso e clivado pela incerteza e o auto engano.
O único guia é termos consciência sobre o que estamos fazendo de nossa vida e que sentido ela ganha, como Deus ou sem Deus.
Razão e revelação são igualmente impotentes para nos salvar. Que perdão seja então nossa mola mestra, pois não podemos alcançar nunca o que nos propusemos.